NO CORAÇÃO DO PAÍS - NOVOS NOMES DA ARTE ESPONTÂNEA DO BRASIL - SÉRIE RAIZ BRASILEIRA

A curadoria da Dracena Home traz uma nova série de esculturas que contam a história e reforçam os laços com a nossa brasilidade.

O cotidiano, o corriqueiro, aquilo que se faz todos os dias. Cenas próprias de uma rotina de vida. Aquilo que já se tornou natural da gente. Personagens incontáveis que ganham vida através das mãos de uma nova geração de artesãos do nordeste brasileiro. 

Com um olhar apurado para a natureza e para o mundo à sua volta, eles dão vida e replicam a realidade em uma escada menor… do tamanho de uma escultura.

Ao admirarmos este trabalho, fazemos uma viagem ao interior do país (e de si), como se parássemos o tempo e por um instante, pudéssemos segurar nas mãos uma cena que acabamos de ver ou viver.

A arte popular do Brasil ganhou um novo nome com os tempos modernos. E, agora, traz o termo de "Arte Espontânea".

Este conceito vem do que ela fala de maneira intrínseca. No valor percebido pela trajetória do artista e por este fluir de ideias materializadas que ganham formas de maneira tão natural, indo de um membro a outro de cada família.

O que encontramos nela é algo tão rico, tão característico do nosso povo, da nossa gente, que deve e merece ser preservado. Não só por dizer quem somos, mas por delinear o caminho de onde viemos. 

A Dracena Home faz um retorno às origens, através da arte e te convida a se debruçar sobre o trabalho magnífico destes artistas. 

Abra os olhos para um imaginário que está muito próximo da realidade.

Conheça a nossa raiz brasileira!

 

Luiz Benício e Simone  •  Histórias de fé e seus personagens.

Esculturas Beatas - assinadas por Luiz Benício e Simone

Esculturas Ancião, Padre Cícero e Mulher Natural - Assinadas por Luiz Benício e Simone

 

Vale do Catimbau, onde o sertão pernambucano encontra com o agreste. Sítios arqueológicos, grutas, e pinturas rupestres em pleno Parque Nacional. 

Cenário árido e aparentemente escasso onde troncos e pedaços disformes de madeira morta se insinuam ao mestre artesão. Luiz Carlos da Silva, conhecido por Luíz Benício, esquiva-se da obviedade figurativa. 

Autodidata, seu trabalho é marcado por uma rusticidade pouco evidente, de traços fortes e expressivos que espelham a aridez rochosa do entorno e da vida que trilhou. Um dos maiores expoentes da nova geração de artesãos do Vale do Catimbau. 

Filho de agricultor, vivia de adversidade. Certo dia, com a falta de perspectiva, esculpiu um tatu. Deu tão certo que não parou mais. 

Além da fauna, passou a retratar a cultura do curtume, do nordestino, da falta dágua, as histórias que viu e viveu na infância. Seguia criando para driblar o aperto e a dificuldade em vender. 

Aprendiz do marido, Simone iniciou sua produção artística há 12 anos. Com alguns golpes de facão cria peças extraordinárias. 

No ateliê simples, em um sítio que é uma galeria a céu aberto, trabalham à sombra de um pé de caju, apenas com reaproveitamento de árvores já mortas. Umburana e jaqueira. 

Artista premiado, Luiz Benício tem suas obras em mais de 34 países. É um dos fiéis representantes dos traços em madeira do Sertão Central. 

 

Nil Moraes • Detalhes no entalhe

Esculturas São Francisco de Assis - assinadas por Nil Moraes

 

De Juazeiro do Norte, Nil Moraes se destaca como um dos nomes proeminentes da nova geração de artesãos da Arte Espontânea do Brasil.

Sua trajetória de trabalho com a madeira começa em 2018, com o desejo de ter um jogo de xadrez para a sua casa e a intenção de adquiri-lo em uma visita ao Centro Mestre Noza.

Ao se defrontar com alto valor do objeto, se perguntou se não poderia ele mesmo fazer um xadrez para si. 

De lá para cá, seu trabalho com a madeira só cresceu e ganhou exposições fora de sua cidade, como a Exposição “Ai Weiwei Raiz” (2019).

Sua característica mais marcante é manter as peças “cruas”, sem pintura, dando destaque ao acabamento. Além disso, trabalha com um tom caricatural de personagens como São Francisco de Assis, São Jorge, Lampião, Maria Bonita e outros.

 

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Conheça um pouco mais do trabalho de Luiz Benício e Simone, Nil Moraes e outros grandes nomes da Arte Espontânea do Brasil através da curadoria da Dracena Home.

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